quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Entrevista:




1) Com que idade você engravidou?


Eu engravidei com 15 anos.






2) Quais as mudanças na sua vida essa gravidez precoce trouxe?


Minha adolescência acabou radicalmente, tive que amadurecer precocemente. Hoje penso... Ter um filho é muita responsabilidade e na minha pouca idade, sofri bastante.






3) Como foi a reação dos seus pais? E a reação do pai da criança?


Minha mãe não aceitou muito bem, claro que os pais ficam deslocados, afinal, ninguém espera isso nessa idade. O pai da criança gostou, apesar do susto.






4) A gravidez afetou, de que forma, sua vida social?


Afetou, no sentido se eu ter me afastado dos meus amigos e das pessoas em geral, dedicava todo o meu tempo para o bebê. Ser mãe, na minha idade, não foi uma tarefa fácil.






5) O que você acha que “causou” a sua gravidez? Quais os fatores que você citaria?


Bom, com certeza, a falta de informação. Eu era inexperiente e acabei por não me cuidar como deveria.






6) Valeu a pena ter tido essa experiência?


Claro! Sem arrependimentos.






7) Qual conselho você daria para os adolescentes que tem uma vida sexual ativa?


Usar camisinha, se informar bastante e sempre pensar nas conseqüências dos atos. Com essas precauções, se pode evitar uma gravidez sem planejamentos.






8) Como foi a sua reação ao saber que estava grávida? O que veio a sua cabeça no momento?


Fiquei muito surpresa e pensei: “Meu Deus...”. (risos)






9) O que você esperava da maternidade? Você superou suas expectativas?


Não esperava ser mãe tão cedo, por esse motivo não criei expectativas, estava muito apavorada com todas as mudanças que eu sabia que ocorreriam.






10) E quanto aos estudos, você continuou?


Parei os meus estudos e não voltei a estudar, infelizmente, devido à falta de tempo.






Bom, já esta mais do que comprovado que uma gravidez não planejada afeta diretamente todo o seu futuro, então, que tal pensar um pouco antes de agir e se prevenir de forma correta??

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Desde 1970, tem aumentado os casos de gravidez na adolescência e diminuído a idade das adolescentes grávidas.
Enquanto isso, a taxa de gravidez em mulheres adultas está caindo. Em 1940, a média de filhos por mulher era de 6. Essa média, calculada no ano de 2000 caiu para 2,3 filhos para cada mulher. Porém, o mesmo não acontece com as adolescentes.
Segundo os dados do IBGE, desde 1980 o número de adolescentes entre 15 e 19 anos grávidas aumentou 15%. Só para ter idéia do que isso significa, são cerca de 700 mil meninas se tornando mães a cada ano no Brasil. Desse total, 1,3% são partos realizados em garotas de 10 a 14 anos.
A gravidez ocorre geralmente entre a primeira e a quinta relação sendo o parto normal a principal causa de internação de brasileiras entre 10 e 14 anos.
Aproximadamente 27% dos partos feitos no SUS (Sistema Único de Saúde) no ano de 1999, foram em adolescentes de 10 a 19 anos, isso quer dizer que a cada 100 partos, 27 foram em adolescentes, dando um total de 756.553, naquele ano.
Cerca de 10% das adolescentes, de acordo com uma pesquisa feita em alguns Estados brasileiros em 1996, tinham pelo menos 2 filhos aos 19 anos.
Entre 1993 e 1999 houve aumento de aproximadamente 30% do número de partos feitos no SUS em adolescentes mais jovens, entre 10 a 14 anos.
Aproximadamente 17% dos homens entre 15 e 24 anos, segundo uma pesquisa feita em alguns Estados brasileiros, em 1996, já engravidaram alguma parceira.
As principais causas da gravidez são: o desconhecimento de métodos anticoncepcionais, a educação dada a adolescente faz com que ela não queira assumir que tem uma vida sexual ativa e por isso não usa métodos ou usa outros de baixa eficiência (coito interrompido, tabelinha) porque esses não deixam "rastros".O uso de drogas e bebidas alcoólicas comprometem a contracepção, além das que engravidam para casar-se.
A adolescente tem problemas emocionais devido a mudança rápida em seu corpo ou, como ela esconde a gravidez, o atendimento pré-natal não é adequado. Podem ocorrer problemas como aborto ou dificuldade na amamentação

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